O trabalho em questão analisa a escrita metafórica de um conto de Maria Lúcia Romariz no ano de 1888 no jornal A família: jornal litterario dedicado a educação da mãe e familia (SP), da redatora Josephina Alvares de Azevedo. Para isso, a análise do artigo parte de autores como Barbosa (1974), Abreu (2003), assim como, pesquisas no acervo na Biblioteca Nacional Digital do Brasil. No final do século XIX, com o aparecimento mais recorrente da escrita feminina nos jornais das províncias brasileiras, transformações sociais ficam evidentes na produção escrita, que, associada à situação socioeconômica da autora, somam para uma reconstituição do cenário da escrita feminina do final do século XIX. Na escrita de Maria Lúcia, a metáfora de um despertar social evidencia que transformações mentais eram presentes na representação feminina em primeira pessoa do discurso no texto, mas que, apesar da presença, a escrita feminina ainda era restrita a camadas mais altas da sociedade.

The work in question aims to analyse the metaphorical writing of a romance from Maria Lúcia Romariz, published in the year of 1888 at the A família: jornal litterário dedicado à educação da mãe e família (SP) directed by editor Josephina Alvares de Azevedo. To do so, the analysis of the article begins from authors such as Barbosa (1974), Abreu (2003), as well as researches on the collection at Biblioteca Nacional Digital do Brasil. At the end of the XIX century, with the most recurring appearance of female writing in Brazilian province journals, social transfomations became more evident in writing production, that, associated to the writer's socioeconomical situation, add to a reconstitution of the female writing scene of the end of the XIX century. In Maria Lúcia's writings, the metaphor of a social awakening highlights that mental transformations were present in the first-person female representation in the text speech, although, despite its presence, the female writing was still restricted to the highest layers of society.

La obra en cuestión analiza la relacción metafórica de un cuento de Maria Lúcia Romariz en 1888 en el diario A Família: diario literario dedicado a la  educación de la madre y la familia (SP), de la editora Josephina Alvares  de Azevedo. Por esta razón, el análisis del artículo proviene de autores como Barbosa (1974), Abreu (2003), así como de investigaciones en la colección de la Biblioteca Nacional Digital de Brasil. A fines del siglo XIX, con la aparición más recurrente de la escritura femenina en los periódicos de las provincias brasileñas, se evidencian cambios sociales en la producción escrita, que, asociados a la situación socioeconómica de la autora, se suman a una reconstitución del escenario de la escritura femenina a finales del siglo XIX. En la escritura de Maria Lúcia, la metáfora de un despertar social muestra que las transformaciones mentales estaban presentes en la representación femenina en primera persona del discurso en el texto, pero que, a pesar de su presencia, la escritura femenina todavía estaba restringida a los estratos más altos de la sociedad.